O que você acha de, para atuarem como administradores, os graduados
na área precisarem ser, antes, aprovados em um exame de suficiência,
mais ou menos como o da OAB? Polêmica, essa questão tem levantado
acaloradas discussões há anos e está longe de um consenso. Em sua mais
nova edição, a revista Administradores aborda o assunto, apresentando
argumentos de profissionais e acadêmicos da área.
"Infelizmente, a formação de bacharéis em Administração hoje não é
uma garantia de que esses estão preparados ou ao menos tenham um
conhecimento suficiente das ferramentas de gestão que permita o
exercício da profissão com o mínimo de perícia que a mesma exige", diz o
administrador Diego Silva, entrevistado na reportagem.
Mas a opinião encontra resistências. Para o administrador Wagner
Siqueira, presidente do CRA/RJ, a chave da questão é a qualidade do
ensino. "Colocar os conselhos e ordens profissionais para cumprirem esse
papel (de buscar garantir a qualidade dos graduados) representa que o
MEC abdica de suas competências institucionais em favor das entidades
classistas, cujo foco deve ser o profissional formado no exercício do
trabalho, e não a qualificação do estudante durante o curso", afirma.
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